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Gênio Criador Editora lança livro infantil sobre respeito às diferenças

Veja também dicas para incentivar crianças ao gosto pela leitura e a importância dos livros para o desenvolvimento afetivo e intelectual

Por Danilo Moreira

Aproveitando que neste mês comemoramos o Dia da Criança (12 de outubro), vamos falar sobre a importância de um instrumento essencial para o desenvolvimento humano, especialmente nessa faixa de idade: os livros infantis. Para celebrar a data, a Gênio Criador Editora lançou recentemente o livro A borboleta Tita, do professor Marcelo Guedes Dupin e ilustrações de Natalia Lira. A obra conta a história de uma simpática borboleta que possui acromatopsia, característica genética que afeta a capacidade de distinguir cores e torna a visão monocromática. A história mostra importantes lições especialmente sobre convivência social, respeito às diferenças, alegria de viver e outros fatores existenciais.

Segundo Guedes, a escolha de uma borboleta como protagonista surgiu por conta da sua leveza e encantamento, além de representar um ser que ele acredita ter tudo a ver com crianças. O autor comenta que a protagonista não possui uma visão preconceituosa de si. “Tita é acromata. Isso para muita gente é uma deficiência e Tita não se vê dessa forma. Suas três amiguinhas prediletas (Dudu, Lalá e Rafa) também não a veem assim, pelo contrário, essa "diferença" a torna mais especial... No fundo, essa é, ou deveria ser, a mensagem da historinha. Ou seja, a deficiência pode ser uma visão preconceituosa”, afirma.

A borboleta Tita

Este não é o primeiro livro infantil que Guedes publica. Em 2016, o docente lançou "A Fábula de Gato Aldo", pela Giostri Editora. O primeiro contato com a Gênio Criador Editora surgiu como fruto de uma trabalhosa pesquisa por uma editora que acolhesse seu projeto. ”Muitas que entrei em contato nem respondiam aos meus e-mails, e quando o faziam, falavam que textos novos só seriam aceitos a partir de 2020”, relata.

Por meio de um site de buscas, Guedes soube da Gênio Criador Editora, entrou em contato e teve um retorno satisfatório. “Estou muito feliz por essa publicação e, em particular, agradeço à Cleusa Sakamoto, pessoa muito especial, iluminada, de muita sabedoria e paciência orientais, e que atendeu a todos os meus anseios de forma mágica. Da mesma forma agradeço à ilustradora Natália Lira que, simplesmente, leu os meus pensamentos!”, diz o escritor.

Além de professor de geografia, Guedes é técnico em Agropecuária, formado na Escola Média de Agricultura de Florestal (EMAF) da Universidade Federal de Viçosa (EMAF/UFV), e geógrafo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Desde 2002, o docente é concursado pela Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte e trabalha com Educação Fundamental para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Marcelo com banner do livroO autor Marcelo Guedes com banner de seu livro

Apaixonado pela arte de escrever para crianças, o autor conta o que o inspira a criar para esse público. “Eu sempre digo a meus alunos que, escrever é um ato que requer inspiração, dedicação e disciplina, além de ser fruto de uma leitura constante que nos leva, fatalmente, a imaginar histórias. Escrever para criança é, além de tudo isso, um ato de delicadeza, ternura e respeito a elas... É daí que nascem as histórias infantis”, comenta.

O livro está disponível para venda no site da Gênio Criador Editora (https://www.geniocriador.com.br/livros), podendo ser adquirido via depósito bancário (com cálculo do frete pelo cliente) e entrega pelo Correio, via Sedex. Se você também tem interesse em publicar uma obra pela Gênio Criador Editora, saiba mais sobre nossos serviços clicando aqui.

A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS E CRIAR LEITORES

Quando o assunto é o estimulo das crianças à literatura, o País ainda possui diversas dificuldades. De acordo com a fundadora do Instituto Rio de Histórias, Regina Lúcia dos Anjos Porto, o principal desafio acontece na área da Educação Infantil. Segundo ela, existem pais e professores que não estão preparados para incentivar o gosto das crianças pela leitura nas desde bebês. “Eles sofrem com as atuais deficiências na educação formal e gera-se um ciclo vicioso de não-leitores – que não sabem ler, escrever e interpretar, agravado pelo valor pouco acessível dos livros, sua péssima distribuição, falta de bibliotecas, de salas e mediadores de leitura, de contadores de histórias, e também atualmente pela patrulha do ‘politicamente correto’ voltada para a literatura”, afirma.

Regina diz ser fundamental que pais e pedagogos incentivem crianças a praticarem o hábito da leitura por meio do próprio exemplo. Além disso, devem checar o valor dos livros que são apresentados aos pequenos, evitando textos destituídos de conteúdos atraentes ao desenvolvimento infantil, histórias de qualidade duvidosa e influências negativas do que ela chama de “patrulha do politicamente correto”. Ela também destaca que é importante que os adultos levem as crianças para eventos e locais especializados. “Visitem bibliotecas, rodas de leitura, contação de histórias, saraus, livrarias, feiras de livros e de literatura. Procurem também participar ativamente das salas de leituras nas escolas e na comunidade em que vivem. Em suma, é preciso mostrar à criança o mundo escondido em um livro, e esse trabalho precisa ser feito desde quando são “bebês”, afirma.

Regina-PortoRegina Porto, do Instituto Rio de Histórias

Muito antes da existência dos livros, as crianças aprendiam com os adultos por meio de histórias contadas oralmente. Essa arte existe até hoje e tem se tornado um importante meio de estimular à imaginação, ao aprendizado de capacidades e aspectos de cidadania, bem como o interesse pelos livros desde cedo. Formada em Administração e com especializações em áreas como Liderança e Gestão de Equipes, Ciência, Cultura e Arte na Saúde, desde 2005, Regina coordena o Instituto Rio de Histórias, que representa a associação Viva e Deixe Viver, especializada em contar narrativas para pacientes de 0 a 17 anos de idade, internos em hospitais no Estado do Rio de Janeiro. “Atuamos em 23 hospitais municipais, estaduais, federais e particulares nas cidades fluminenses de Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e a capital. Atualmente somos 245 contadores de histórias voluntários e atendemos 20.000 crianças por ano”, conta.

Regina conta que os livros são utilizados como um objeto mágico na contação de histórias, capazes de levar às pessoas para mundos distantes, tramas fantásticas e universos paralelos onde tudo é possível. “O mundo do ‘Era uma vez’ não está situado em nenhum tempo, espaço e nem possui nomeações pré-definidas”, afirma. Segundo ela, nos 13 anos de atuação da Associação, a equipe que atua no projeto identificou que as crianças atendidas têm descoberto o universo dos livros, da leitura e da contação de histórias por meio das atuações dos voluntários. “O livro e a leitura aguçam a imaginação e a criatividade, incentivam a escrita, situam e apresentam um mundo de possibilidades e histórias da vida; através da oralidade e, posteriormente, da escrita, da palavra e do contar, a Humanidade se conduziu até os tempos presentes”, explica.

Exercendo um trabalho tão importante que ajuda crianças e jovens em momentos tão delicados de suas vidas, Regina conta que o projeto ainda possui um longo e árduo caminho a percorrer quanto ao incentivo à leitura e o amor pelo livro. “Seguimos esperançosos no trabalho que nós, ‘formigas’, realizamos em prol da educação, baseados na palavra oral e escrita, nas histórias familiares, na literatura, oralidade e na difusão do conhecimento, baseados em nossas narrativas ancestrais”, conclui a especialista.

OUTRAS DICAS PARA INCENTIVAR A LEITURA ENTRE CRIANÇAS

Criança lendo livro

Reunimos a seguir, mais dicas para que adultos incentivem crianças ao gosto pela leitura. Confira:

Apresente tipos variados de texto – A leitura é uma atividade para a vida, por isso, é importante que a criança tenha contato com diferentes tipos de texto, como livros só com figuras, revistas, enciclopédias, histórias em quadrinhos (HQs), entre outros. Além da variedade de formatos, as temáticas também devem variar, tais como: contos de fadas, poemas, cantigas, abecedários e outras temáticas. Não há problema, por exemplo, se a criança se interessar por um livro de receitas ou de História para Ensino Médio, por exemplo, contanto que essa experiência de leitura lhe traga conhecimento.

Fale sobre os livros que leram – Quem não gosta de falar sobre o que lhe faz bem, não é mesmo? Assim também deve ser com a leitura de livros para crianças. Converse sobre a história do livro, as figuras, os personagens. Pergunte sobre o que ela mais gostou e peça para contar sobre o que leu. Além de você poder examinar como está o entendimento da criança sobre a obra, vai incentivá-la a desenvolver a capacidade de interpretação e expressão.

Conte curiosidades sobre a época do livro – É comum que livros infantis sejam instrumentos para ensinar lições importantes e relacionadas às épocas em que foram lançados. Uma forma criativa de estimular a criança a entender e falar mais sobre a obra é explicar sobre a época em que ele foi escrito. Além de modificar a percepção da criança sobre a história, ela poderá conhecer coisas interessantes que ajudam a entender porque o mundo é como é.

Utilize a tecnologia como apoio – Há quem veja tecnologias comuns dos dias atuais, como a Internet e os dispositivos móveis como vilões dos livros, mas não é verdade. Atualmente, existem até editoras que oferecem atividades lúdicas on-line para que as crianças possam trabalhar as histórias que estão lendo, por exemplo. Além disso, é possível criar bibliotecas virtuais por meio de aplicativos e assistir a canais do YouTube voltados à literatura infantil. É importante pesquisar os conteúdos e avaliar o quanto eles podem colaborar para que a criança adquira gosto pelos livros.

Faça outras atividades que auxiliem a leitura – Se a criança, por exemplo, está lendo um livro que fala sobre a natureza, que tal levá-la a um parque? Se a história é um conto de fadas, o que acha de ir assistir a um musical ou um filme sobre o assunto? Se a obra conta sobre uma planta, por que não incentivar a criança a plantar uma muda ou a regar um vaso, por exemplo? Relacionar o tema do livro com outras atividades complementares ajuda a criança na compreensão da história, além de relacionar a leitura como um complemento importante para a vida dela.

Não force a leitura – O ato de ler livros precisa ser uma ação prazerosa para a criança, na qual a criatividade e imaginação fluam naturalmente. Cuidado para não tornar essa atividade uma cobrança, evitando exigir que os pequenos leitores terminem um livro por dia ou que se sintam na obrigação de explicar tudo que leram na obra ou entenderam as mensagens principais que a história apresenta. Essa atividade precisa funcionar no tempo da criança.

Neste mês de outubro diversos espaços públicos como bibliotecas e centros culturais promovem atividades especiais para as crianças – muitas delas relacionada à leitura. Aproveite!

Com informações de:  Época e Lendo

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