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Designer coreano cria banquinhos que podem ser “guardados” na parede

Projeto criativo de mestrando conceitua experiência direta com a imagem, além de unir decoração e praticidade

Por Danilo Moreira

Imagina que você, ao visitar uma pessoa querida, se depara com um item decorativo pendurado na parede do apartamento dela. A anfitriã acha indelicado que fique em pé, mas não há mais cadeiras no local. Qual solução ela encontra? Despendura a peça, desdobra e a coloca no chão, e em um piscar de olhos, o objeto se transforma em um banquinho pronto para sentar. Interessante, não?

Essa ideia que mistura ilusão de ótica, arte, conceitos sobre a imagem e muita criatividade foi desenvolvida pelo designer coreano Jongha Choi. O artista criou banquinhos dobráveis que podem ser pendurados na parede, e se transformam em curiosas peças decorativas. O projeto, intitulado De-Dimension (ou, em tradução literal, “desdimensão”) faz parte de seu mestrado na Academia de Design de Eindhoven, na Holanda.

A invenção surgiu como uma nova proposta de representação sobre o mundo imagético. Em seu site, Choi discute conceituações sobre as diferentes formas de representação da imagem na História, modificadas por tecnologias que vão da fotografia à impressão 3D. “Ao contrário do passado, não estamos apenas vendo a imagem como um meio de reproduzir objetos, mas também dando a sua identidade essencial. Em outras palavras, embora a imagem ainda mostre seu efeito visual sobre uma superfície plana, não é apenas uma expressão de representação, mas uma verdadeira experiência”.

O designer conseguiu concretizar sua pesquisa de mestrado criando bancos que unem o efeito visual de duas dimensões (quando é um objeto decorativo) e três dimensões (no momento que é um móvel de fato). Choi realizou vários experimentos, além de pesquisas em livros de pop art e movimentos mecânicos.

O resultado é um interessante efeito visual e decorativo. Além do conceito desenvolvido pelo mestrando, os itens trazem uma praticidade que pode ser muito útil para apartamentos pequenos, já que podem ser “guardados” na parede quando não estão em uso e dessa forma geram mais espaço. Por enquanto, a ideia desenvolvida por Choi tem como objetivo servir para a defesa de seu mestrado, mas é provável que em um futuro próximo surjam oportunidades de comercialização para a sua invenção.

Propostas criativas como esta também abrem um novo campo de reflexão sobre as interações entre padrão estético e usabilidade de objetos artísticos no cotidiano. Esta possibilidade abre um caminho promissor para um mercado que tende a valorizar mais as opções de decoração inteligente e sustentável, especialmente para ambientes que surgem cada vez menores e com seus desafios de adequação.

Você pode conferir como funciona na prática a ideia de Choi no vídeo produzido pelo designer.

Fonte: Hypeness, Vix, Jongha Choi
Fotos: Divulgação/Jongha Choi

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