Viva ao Brincar! Gênio Criador Editora lança livros reforçando a importância dessa atividade

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No mês em que é celebrado o Dia Mundial do Brincar, Editora lança e-books com estudos e reflexões sobre as diversas possibilidades e desafios relacionados ao tema

Por Danilo Moreira

Quando falamos em Brincar, quais são as melhores recordações para você?

No mês em que celebramos o Dia Mundial do Brincar (28 de maio), a Gênio Criador Editora lança quatro livros digitais sobre essa temática: Brincar, Cuidar e Educar – Pesquisas e experiências em Brinquedotecas e Espaços lúdicos (volumes 1 e 2)Ludicidade, Educação e Neurociências — Da retrospectiva de infância a projetos interventivos — volume 1 O Brincar em Tempos de Pandemia — Covid-19.

De modo geral, os e-books abordam sobre experiências voltadas ao Brincar praticadas em espaços como Ludotecas e Brinquedotecas, relacionando as aplicações com conceitos de outras áreas do conhecimento, como a Neurociências.

Além disso, as obras revelam os diversos benefícios do Brincar em diversas fases do ciclo de vida humano, levando em consideração as influências sociais, econômicos, culturais e regionais e também, relacionando-o com a pandemia de Covid-19, que alterou a rotina de profissionais e pacientes.

Saiba mais sobre as obras a seguir:

Livros sobre o Brincar

Brincar, Cuidar e Educar – Pesquisas e experiências em Brinquedotecas e espaços lúdicos (volumes 1 e 2)

Indo muito além de um método educacional para crianças, o Brincar possui um potencial transformador que alcança diversas fronteiras culturais, de conhecimento e faixas etárias.

Organizados pela psicóloga e especialista em Criatividade, Cleusa Sakamoto, e a presidente da Associação Brasileira de Brinquedotecas (Abbri), Maria Célia Malta Campos, os dois volumes de Brincar, Cuidar e Educar trazem diversas experiências e pesquisas a partir de abordagens multidisciplinares sobre a importância das brincadeiras e suas aplicações contemporâneas.

Fundada em 1984, a Abbri é uma instituição sem fins lucrativos e promove diversas ações que fomentam o direito ao Brincar em diversos ambientes, sendo referência no país.

Dentre as iniciativas estão a realização de cursos de formação para brinquedistas, assessoria para órgãos públicos sobre políticas e normas relacionadas ao Brincar e implantação de Brinquedotecas, além de apoiar estudos, pesquisas e publicações sobre o tema.

Brincar, Educar e Cuidar vol 1Brincar, Cuidar e Educar – volume 1

De modo geral, os capítulos de Brincar, Cuidar e Educar destacam como as brincadeiras podem ser integradas a diversas linguagens expressivas, passando pela música, literatura, teatro, artes plásticas, dança, além de abranger variados grupos, perfis, condições e necessidades até distintas.

Os capítulos trazem dados de pesquisas e reflexões de especialistas, inclusive as oferecidas por membros do Grupo de Estudo do Brincar (GEBrinq), focada na pesquisa do uso do brinquedo como forma de comunicação infantil, uso terapêutico ou tecnologia de cuidado para a saúde da criança e da família.

Os especialistas também falam sobre o cotidiano das Brinquedotecas, os contextos de atuação da ludicidade e repensam sobre diversas práticas e desafios atuais. Indicada para profissionais e estudantes, a obra visa abrir novos horizontes no repertório de conhecimento sobre o tema.

Por meio dos artigos do volume 1, você tem contato com políticas públicas referentes ao direito de Brincar, o conceito de Ludopolítica, além dos papéis das Ludotecas e Brinquedotecas em experiências práticas que englobam desde a formação de professores a interações com culturas locais como a amazônica.

Já o volume 2 apresenta, na forma de Diálogos, os relatos, reflexões e contribuições de profissionais da Educação e atuantes em empresas fabricantes de brinquedos, Brinquedotecas universitárias e hospitalares (inclusive experiências nesses locais no contexto da pandemia de Covid-19), além de espaços lúdicos comunitários e de iniciativas sociais.

Brincar, Educar e Cuidar vol 2Brincar, Cuidar e Educar – volume 2

Celebrando a contribuição de tantos profissionais relevantes nos dois volumes, a coorganizadora do livro digital, Maria Célia Malta Campos destaca: “os integrantes da obra merecem todo respeito pelo seu percurso acadêmico e profissional na área, além do comprometimento com a valorização do Brincar. Suas presenças nos livros, por si só, já o valorizam e justificam a recomendação da leitura.”

Para mais informações, acompanhe as mídias socais da Abbri e acesse a loja da instituição

Ludicidade, Educação e Neurociências — Da retrospectiva de infância a projetos interventivos – Volume 1

Quando as crianças brincam
E eu as ouço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.

E toda aquela infância
Que não tive vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.

Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no meu coração.

O poema “Quando as crianças brincam”, de Fernando Pessoa, que ilustra a Apresentação do livro Ludicidade, Educação e Neurociências — Da retrospectiva de infância a projetos interventivos, representa o espírito da obra, que reforça a importância do Brincar como um pilar essencial de bem-estar e desenvolvimento humano.

Com organização das psicólogas Beatriz Picolo Gimenes e Rosely Perrone, o livro traça paralelos teóricos e práticos entre o Brincar, a Educação e a Neurociências. A obra conta com o prefácio da renomada pesquisadora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Leila Tardivo.

A obra traz artigos com diferentes perspectivas e abordagens sobre os caminhos da Ludicidade, passando por iniciativas, ações, reflexões e efeitos práticos no desenvolvimento humano, na sua saúde e na cognição.

Ludicicade, Educação e NeurociênciasA relação entre a Ludicidade e as atividades cerebrais são um dos temas do livro

Com argumentos bem amparados em estudos e embasamentos teóricos de referência, temos contato com as aplicações do Brincar em diferentes contextos socioeconômicos, culturais e locais (como as populações ribeirinhas, que brincam em intenso contato com a natureza), contribuindo para o desenvolvimento de aspectos como a identidade individual, profissional, cultural e a consciência cidadã.

Além dos aspectos sociais, o livro também traz estudos referentes à relação entre a Ludicidade e os processos cerebrais.

O livro é o primeiro volume da Coleção “Brincar e Educação”, que visa reunir contribuições de diferentes campos de estudos sobre os benefícios do Brincar. “Abrimos a coleção com propostas para reflexão desse trinômio: Ludicidade, Educação e Neurociências, com temas com focos distintos na área de conhecimento e que a Neurociências é o suporte: brincar, corpo e mente promovendo conhecimento com emoção e afetividade”, comenta a coorganizadora Beatriz.

“Os coautores pontuam suas memórias acerca do brincar e as articulam com suas ações profissionais. Este é o volume 1 da Coleção Brincar e Educação, que ultrapassa fronteiras geográficas com um perfil luso-brasileiro e traz no seu cerne o brincar como um direito fundamental a ser assegurado, sobretudo, às crianças. Convido a todos para uma leitura lúdica e prazerosa”, reforça a coorganizadora Rosely Perrone.

Consulte a disponibilidade na loja da Gênio Criador Editora.

O Brincar em Tempos de Pandemia — Covid-19

Em tempos de pandemia de Covid-19, que promoveu alterações drásticas na rotina das famílias, fez escolas serem fechadas e limitações impostas por medidas de isolamento social, como se tornou o Brincar dentro desse cenário?

Para responder a essa pergunta, profissionais de Educação, em parceria com a Abbri, realizaram um amplo estudo no ano de 2020 sobre como o Brincar têm se configurado nessa nova realidade.

O resultado dessa pesquisa você pode conferir no e-book O Brincar em Tempos de Pandemia – Covid-19, organizado pela educadora e diretora escolar Sheila de Souza Pomilho, idealizadora do estudo. A obra também conta com prefácio da presidente da Abbri, Maria Célia Malta Campos.

O Brincar em Tempos de Pandemia - Covid-19As configurações do Brincar na pandemia de Covid-19 são temas desse amplo estudo

Dento do contexto do Brincar, a obra traz um rico panorama dos impactos da pandemia nas atividades das crianças e profissionais da Educação Infantil nos 19 estados brasileiros mais o Distrito Federal.

De com Sheila, a obra visa conhecer a percepção das famílias sobre as culturas lúdicas infantis pelo brincar e brincadeiras no isolamento social. “Deseja ainda, contribuir com os conhecimentos das famílias, considerando que a cultura do brincar se consolida com as interações e vivências sociais que lhes são proporcionadas”, destaca.

O livro digital traz subsídios para refletir sobre de que forma é possível promover inovações nas práticas lúdicas nos ambientes familiares e escolares após a pandemia, bem como suprir as lacunas que o cenário exige.

A publicação também traz alguns textos introdutórios importantes sobre a relevância e o direito ao Brincar, mencionando sobre a Convenção das Nações Unidas Sobre os Direitos da Criança (1989) e do papel dos adultos no Brincar das crianças.

“O e-book também reforça a importância das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (2010) que afirma como eixos norteadores as interações e a brincadeira como currículo para a primeira infância, tendo a escuta das famílias uma forma de promover o Brincar tal qual o direito universal a ele, garantido pela Unicef e legislações nacionais”, destaca a educadora.

Segundo a organizadora, um fato que chamou a atenção referente à pesquisa é que dados e a análise teórica evidenciam o significado do Brincar em cada cultura local, com suas nuances e diferenças intrínsecas aos grupos pelo brincar e as brincadeiras. O leitor poderá conferir no livro essa riqueza diversa, característica do Brasil com suas dimensões continentais.

O Brincar em Tempos de Pandemia - Covid-19

Dessa forma, com base nesse levantamento, Sheila reforça o objetivo do livro. “Desejamos que esses resultados provoquem o envolvimento de profissionais dedicados às infâncias. Esperamos que todo conteúdo contribua com as reflexões sobre as práticas lúdicas no processo formativo de educadores, famílias e, consequentemente, incentive novas formulações de políticas públicas voltadas a esse tema”, afirma.

Para saber mais sobre a obra, acesse a loja da Gênio Criador Editora.

A importância do brincar

O que representa o Brincar para você?

A Gênio Criador Editora perguntou sobre às entrevistadas para definirem, em uma palavra, o que é Brincar e por quê. Confira as respostas a seguir.

Beatriz Picolo Gimenes
Brincar é: vida plena

Quando o indivíduo brinca, ele está "sendo" e "exercendo" suas faculdades humanas espontânea e livremente!

A atividade lúdica é para qualquer idade, um "estado de ser" em que a pessoa usufrui um período de satisfação interior, de alto nível de prazer – não no sentido de se divertir sempre, mas se envolver completamente em um propósito, cuja cena venha até a ser julgada por outros, bem como havendo muita seriedade, mas sempre agregado ao conceito anteriormente mencionado.

Além disso, o Brincar está muito em sintonia em seus valores, como sinônimo de criação e uso da criatividade, pois ambos se conjugam ao longo da vida humana. Brincar é criar e vice-versa. Sem você se dar conta, o Brincar educa e te torna saudável, sendo terapêutico, promovendo saúde e sabedoria.

Cleusa Sakamoto
Brincar é: criatividade.

As características do Brincar são as mesmas da experiência criativa, pois, envolvem a espontaneidade (em seu processo) e a singularidade do sujeito da ação. Ambas revelam o extraordinário do/no viver.

Maria Célia Malta Campos
Brincar é: liberdade.

A liberdade é uma característica inerente ao Brincar autêntico e, por isso, este empodera a criança ou o brincante em geral.

Rosely Perrone
Brincar é: viver.

Brincar é intrínseco à vida humana, uma experiência de liberdade, de bem-estar e prazer, que envolve história, cultura e emoções, essenciais para a constituição da subjetividade e construção da realidade do ser humano.

Ele está presente desde sempre na Humanidade, integrando características exploratórias e inovadoras.

Ao mesmo tempo, ajusta o corpo e o psiquismo, comandados pela sensorialidade, pela mobilidade e pelo ritmo de cada um. Essas vivências são fundamentais para a saúde física e mental do ser humano. Logo, o Brincar tem um impacto decisivo na vida de todos.

Sheila de Souza Pomilho
Brincar é: um direito.

O Brincar deve ser defendido como direito fundamental para o desenvolvimento integral de bebês e crianças, contribuindo para a interação entre os pares e socialização de aprendizagens culturais.

Sendo a principal atividade da criança, o Brincar é socialmente construído e compartilhado, integrando-se a sua condição humana. Na continuidade de seu desenvolvimento, as crianças estruturam novas aprendizagens, e podem ampliar sua visão de mundo de maneira ativa e criativa por meio do Brincar.

Fomentá-lo como um direito é um dever de toda sociedade, e reconhecê-lo nas legislações nacionais e internacionais estimula a sociedade a apoiar o poder público para, assim, promover e defende-lo em todos os espaços que atendem as infâncias.

Dia Mundial do Brincar

Celebrado em 28 de maio, o Dia Internacional do Brincar foi criado em 1999 durante a 8ª Conferência Internacional de Ludotecas em Tóquio, sendo ideia da presidente da então International Toy Library Association (ITLA), Freda Kim, instituição que faz aniversário no dia 28 de maio.

Sendo comemorada pela primeira vez em 2000, entrou para o calendário oficial do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Atualmente, é celebrada por mais de 40 países, incluindo o Brasil.

A data tem como objetivo reforçar a importância das brincadeiras como ferramentas essenciais de desenvolvimento.

A data também relembra que o Brincar é um direito assegurado pelo artigo 31º da Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas, a qual reconhece que cada criança tem direito “ao descanso e ao lazer, ao divertimento e às atividades recreativas próprias da idade, bem como à livre participação na vida cultural e artística”.

No Brasil, o direito ao Brincar também é reforçado por meio do artigo 227 da Constituição de 1988, que assegura que as crianças e adolescentes têm direito ao lazer e à cultura.

Essa reflexão é importante ainda mais em tempos de pandemia e não só para profissionais da Educação e que trabalham em projetos voltados para esse fim, mas para toda a sociedade, afinal, seu desenvolvimento está diretamente associado com a saúde e bem estar de seus cidadãos.

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Fotos: Gênio Criador Editora/Acervo Pessoal/Pixabay