Conheça 25 fatos e curiosidades sobre o Natal

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Data cristã é marcada pela riqueza de símbolos para representar o nascimento de Jesus, dentre eles, frutas, doces e até teias de aranha

Por Danilo Moreira

Uma das celebrações cristãs mais importantes, o Natal é comemorado em vários países. O Gênio Criador fez uma seleção com 25 curiosidades sobre esta data especial. Confira abaixo:

1 – No dia 25 de dezembro é celebrado o nascimento de Jesus Cristo. Mas esta data só foi estabelecida no ano 350, quando o Papa Júlio I, bispo de Roma, oficializou o dia para coincidir com uma festa pagã que homenageava o deus Sol Invictus no período do solstício de inverno (estação do Hemisfério Norte em dezembro).

2 – Os hinduístas reconhecem Cristo como a encarnação de Vishnu, uma das principais entidades divinas da religião. Eles celebram o dia 25 de dezembro como a Festa das Luzes, pois, acreditam que o nascimento da luz venceu a escuridão.

3 – Nome semelhante possui a celebração judaica realizada no mesmo período. Conhecida originalmente como Chanuká, o evento relembra a reinauguração do Grande Templo de Jerusalém, reconquistado pelos judeus após três anos de guerras. Os judeus não reconhecem Jesus como Filho de Deus.

4 – Já os muçulmanos veem Cristo como uma espécie de profeta, mas não possuem uma data especial para celebrar seu nascimento. As Testemunhas de Jeová enxergam os aniversários como festas pagãs, e por isso, eles preferem não celebrar a data.

5 - Algumas religiões afro-brasileiras, como a Umbanda, associam Cristo a Oxalá, o maior de todos os Orixás, e por isso, celebram o Natal com agradecimentos à entidade.

6 – A canção “Noite Feliz” foi criada na Áustria em 1818. Tudo começou com o padre Joseph Mohr que saiu atrás de um novo instrumento para substituir o órgão da igreja. Durante suas peregrinações, o reverendo teve a ideia de fazer imaginar de como teria sido a noite do nascimento de Jesus e anotar os detalhes. Após isso, procurou o músico Franz Gruber para criar a melodia. A versão brasileira foi composta no século 19 pelo Frei austríaco Pedro Sinzig, que se naturalizou brasileiro em 1898.

7 – Existem diversas versões para o surgimento da árvore de Natal, mas a maioria dos registros aponta a Alemanha como o país de origem. A versão mais aceita é que o padre e fundador do protestantismo Martinho Lutero montou um pinheiro enfeitado com velas em sua casa no século 16. O objetivo era mostrar às crianças como era o céu na noite do nascimento de Cristo.

 

Representação de 1860 sobre como teria sido a árvore montada por Lutero
Representação de 1860 sobre como teria sido a árvore montada por Lutero

 

8 – Os ingleses popularizaram a árvore de Natal no século 19, quando o príncipe Albert casou-se com a rainha Vitória e o casal montava árvores majestosas em sua residência de férias. A moda “pegou” entre a população e, consequentemente, foi adotada pelo mundo afora, em um tempo que a influência britânica estava presente em todos os continentes.

9 – Para os chineses, além de simbolizar o Natal, o pinheiro também representa vida longa. Na mitologia grega, também era comum a tradição de relacionar árvores às divindades. Os gregos acreditavam que as plantas simbolizavam a evolução e elevação do homem. O carvalho, por exemplo, era utilizado para homenagear Zeus; a oliveira, Atena; a videira, Dionísio.

10 – No antigo calendário cristão, o dia 24 de dezembro era dedicado a Adão e Eva. As igrejas encenavam a história para o povo que não sabia ler. O Paraíso era representado por uma árvore carregada de frutos e que se destacava no cenário. As pessoas passaram a montar estas árvores em suas casas, com árvores enfeitadas por diversos símbolos. Colocar rosas, por exemplo, representava a Virgem Maria, e as hóstias, o arrependimento pelos pecados.

11 – Verde, vermelho e dourado são as cores mais utilizadas no Natal. Para a tradição católica, o conjunto remete aos presentes dos Reis Magos: ouro (dourado), incenso (vermelho) e mirra (verde).

12 – Outros adereços também carregam símbolos como as bengalinhas, que representam a caminhada e Cristo como o bom pastor. As lâmpadas de Natal, que são evolução das antigas velas que eram utilizadas nas árvores, têm alusão ao nascimento como o triunfo da luz sobre a escuridão.

 

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Árvore de Natal: criatividade para representar símbolos e crenças

 

13 – São Francisco de Assis criou o primeiro presépio em 1223 em Greccio, na Itália. Ele queria ilustrar para os camponeses como tinha sido a noite do nascimento de Jesus. A tradição ganhou o mundo e chegou ao Brasil no século 17 com Gaspar de Santo Agostinho. O religioso montou a primeira representação na cidade de Olinda, Pernambuco. A palavra presépio vem do latim praesepe e significa “estábulo”.

14 – Na antiguidade, as árvores representavam a vida e a salvação. Os principais enfeites utilizados eram pedras e frutos, em especial a maçã de casca amarela, que representavam os frutos de ouro do Paraíso. As bolas de natalinas substituíram as maçãs. As primeiras bolas coloridas de vidro foram feitas por sopradores de vidro da Boémia, na República Checa, no século 18.

15 – No ano 143, o Papa São Telesforo estabeleceu a tradição de rezar uma missa para celebrar o nascimento de Cristo, que posteriormente ficou conhecida como a Missa do Galo. Não há consenso sobre a origem do nome, mas acredita-se que o motivo é pelo fato da cerimônia acontecer até tarde da noite nos tempos antigos, ou seja, “até o primeiro galo cantar”. Outra lenda conta que um galo supostamente havia cantado no dia do nascimento de Jesus Cristo, anunciando o seu nascimento.

16 – É provável que você já tenha ouvido falar que o Papai Noel é uma criação da Coca-Cola, certo? Na verdade, a figura do bom velhinho que distribui presentes é bem mais antiga. Segundo o E-farsas, em 1823, um jornal dos Estados Unidos publicou o poema “The Night Before Christmas”, que descrevia um senhor idoso que se deslocava com um trenó e entrava nas casas pela chaminé. A publicação foi anônima, mas foi atribuída ao professor Clement Clarke Moore. A figura foi absorvida pelo imaginário popular e posteriormente apareceram publicações que remetem ao velho. Em 1863, o cartunista americano Thomas Nast fez uma ilustração que foi parar na capa da revista Harper’s Weekly. A figura já tinha barba grande e roupa vermelha. Somente em 1931, quando o mito do velhinho que entregava presentes já era popular, a Coca-Cola contratou Haddon “Sunny” Sundblom para criar a campanha de Natal daquele ano, nascendo o Papai Noel da forma que conhecemos.

 

Ilustração de Thomas Nast (1863)
Ilustração de Thomas Nast (1863)

 

17 – O Brasil adotou o nome Papai Noel por meio de uma adaptação do francês Père Noel e, claro, influenciado pela Coca-Cola e o hábito consolidado de copiar costumes dos Estados Unidos. Em Portugal, o bom velhinho é conhecido como Pai Natal, uma tradução mais fiel ao significado francês.

18 – São Nicolau de Mira foi um arcebispo turco do século 4 que ajudava crianças pobres da cidade de Mira. Ele colocava moedas de ouro nas chaminés das casas durante o natal. Após sua morte, diversos milagres foram atribuídos a ele. Sua difusão como símbolo natalino começou na Alemanha e também deu origem ao nome "Santa Claus", como é conhecida a figura do bom velhinho nos Estados Unidos e em outros países.

 

São Nicolau de Mira
São Nicolau de Mira

 

19 – A imagem de um velhinho rechonchudo que distribuía presentes tem ainda outra origem mais antiga. Durante o inverno, acreditava-se que o deus viking Odin montava em seu cavalo voador de oito pernas e distribuía presentes ou punições às crianças que enchiam suas botas ou meias com agrados para o animal.

20 – De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), existem mais de 2 bilhões de crianças no mundo e média de 2,5 filhos por família. Para dar conta e entregar todos os presentes, Papai Noel teria que viajar por 353.000 quilômetros e acelerar o trenó em 20,5 bilhões de metros por segundo em cada parada.

21 – No Iraque, país de minoria católica, as famílias cristãs se reúnem no quintal para ouvir histórias sobre o nascimento de Jesus. Em seguida, queimam uma pilha de espinhos secos. Segundo a crença local, a forma como o fogo queima vai indicar como será o futuro daquela família.

22 – As famílias alemãs costumam montar a Coroa do Advento, formada por quatro velas, que são acesas uma a uma em cada domingo antes do Natal. A árvore é decorada com bolachinhas recobertas de glacê colorido, conhecidas como pfefferkuchen.

23 – Em países como Polônia e Ucrânia, os enfeites de Natal contam com aranhas e teias porque acredita-se que elas teceram a manta para o menino Jesus, o que representa bondade e prosperidade.

 

Teia de aranha artificial decora árvore lituana
Teia de aranha artificial decora árvore lituana

 

24 – Nos países de origem anglo-saxônica, o bom velhinho que distribui presentes possui um ajudante de feições medonhas e chifres. Chamado Krampus, sua função é simplesmente castigar as crianças ruins.

25 – A China é um país oficialmente ateu. Os cristãos, que lá são minoria, enfeitam suas casas com flores, lanternas de papel e adereços tradicionais como as árvores de Natal. Por lá, o Papai Noel é chamado de Dun Lhe dao Ren, que significa algo como “Velho do Natal”.

Como você pode ver, o Natal é uma data comemorada de várias maneiras e associada a uma série de histórias e tradições em todo o mundo. Elas contam um pouco da incrível capacidade criativa do ser humano para simbolizar suas crenças e esperanças.

Fontes: Terra, História Digital, EBC, Mega Curioso, Mundo das Tribos, E-farsas, Oratório
Fotos: Mega Curioso, E-farsas, Franciscanos, Viaje Bonito