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Conheça 8 livros sobre suicídio

Além das obras que analisam e trazem reflexões importantes sobre o assunto, é importante também saber identificar e prevenir comportamentos suicidas

Por Danilo Moreira

Hoje vamos abordar um assunto bastante delicado, mas que precisa ser discutido, especialmente em tempos de pandemia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada quatro segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

Ainda que nos últimos anos tenham surgido mais campanhas que alertam sobre a importância de identificar pessoas com pensamentos suicidas, muitas pessoas, bem como amigos e familiares ainda possuem dificuldades para lidar com o assunto.

Pensando em fomentar a discussão sobre o assunto, desde 2015, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) promovem o Setembro Amarelo. O objetivo é realizar diversas ações de conscientização e prevenção do suicídio.

A Gênio Criador Editora acredita que um dos fatores que podem contribuir para lidar e prevenir o suicídio é o conhecimento. Pensando nisso, selecionamos alguns livros que abordam sobre esse problema de forma científica, por meio de narrativas ficcionais ou autobiográficas que trazem informações e reflexões importantes.

Lembramos que, caso você esteja com pensamentos suicidas ou conhece alguém que esteja nessa situação, é essencial procurar ajuda especializada. No final da matéria deixaremos alguns links úteis.

Confira nossa lista de livros a seguir:

campanha setembro amarelo

ACADÊMICOS/NÃO FICÇÃO

1. O Demônio do Meio-dia, de Andrew Solomon

Lançado em 2000, a obra é uma referência sobre o tema da depressão (uma das principais causas dos casos de suicídio) tanto para especialistas quanto para leigos por sua empatia e sensibilidade na abordagem. O premiado autor discorre sobre sua batalha contra a doença e intercala seu depoimento ao de outras vítimas da doença, além de contar com participações de profissionais de saúde mental. O livro aborda sobre estereótipos e mitos, pontos éticos e morais, a eficácia de tratamentos, entre outros temas relacionados à enfermidade. A reedição brasileira, da Companhia das Letras (2014), contém um bônus exclusivo com um epílogo contando o que aconteceu com Solomon, os entrevistados e novos tratamentos. Foi eleito um dos 100 melhores livros da década de 2000 pelo jornal The Times e publicado em 24 línguas.

2. O Suicídio e sua Prevenção, de José Manoel Bertolote

O suicídio sempre existiu, bem como o questionamento das causas que levam alguém a tirar a própria vida. O fato é que esse ato extremo se tornou um problema de saúde pública em todo o mundo, especialmente nos dias atuais. Diante da gravidade, o especialista José Manoel Bertolote estuda o assunto com profundidade, abordando de forma didática suas possíveis causas, conceitos, questões morais e éticas e caminhos para preveni-lo, trazendo informações e dados importantes. Lançado em 2012 pela Editora Unesp, o livro é recomendado tanto para profissionais de saúde mental como estudiosos sobre o assunto e leigos.

3. A Arte de Viver a Vida, de Pierre Weil

O educador e psicólogo francês Pierre Weil (1924-2008), que morou no Brasil, reuniu nesta obra sua proposta educacional e terapêutica. Weil fundou a Universidade Internacional da Paz (Unipaz), organização não governamental que promove projetos voltados à cultura de paz, baseada na visão holística e abordagem transdisciplinar. O autor criou seminários com ferramentas simples e funcionais, com o objetivo de cultivar nossa experiência interior em busca de um estado de paz. A obra reúne esse conhecimento que o educador compartilhava com seus aprendizes, aliando sua experiência acadêmica e o conhecimento sobre diferentes tradições religiosas e formas de expressão da espiritualidade humana. A obra foi publicada em 2008 pela Editora Vozes.

4. Confissões de um Adolescente Depressivo, de Kevin Breel

Um dos estereótipos mais comuns atribuídos a quem possui pensamentos suicidas e depressão é que são pessoas que normalmente são fechadas e sérias, mas não é bem assim. Aos 19 anos, durante seu TED Talk, o humorista e escritor canadense Kevin Breel expôs a sua trajetória de luta contra a doença. De forma leve e inteligente, ele relatou como um adolescente saudável e supostamente feliz passou a conviver e lutar diariamente com a enfermidade e o desejo de tirar a própria vida. Sua apresentação fez tanto sucesso que, em 2017, ele publicou a sua luta em livro com o objetivo de promover um guia sobre o assunto, especialmente para adolescentes. No Brasil, foi lançado pela Editora Seoman.

FICÇÃO

5. Meu Coração e Outros Buracos Negros: uma Faísca Pode Mudar Tudo, de Jasmine Warga

Sucesso mundial da autora norte-americana, a obra conta a história da jovem Aysel, de 16 anos, que enfrenta problemas com a família e colegas de escola. Ela planeja acabar com a própria vida e, na busca por um cúmplice que a ajude no plano, conhece Roman. O que era para ser um pacto pode se tornar uma transformação na vida dos dois. Aos poucos, a jovem percebe que algo mudou dentro de si e que pode enxergar a vida de uma forma mais positiva. Agora, ela precisará lutar pela sua vida e de Roman, bem como pelo amor que os une, antes que seja tarde. Lançado em 2016, no Brasil, o livro foi publicado pela Editora Rocco, e é um exemplo de ficção que, de forma delicada e comovente, aborda sobre a depressão na adolescência, fase tão repleta de conflitos.

6. Uma História Meio Que Engraçada, de Ned Vizzini

Craig Gilner é um adolescente que estuda em um colégio de prestígio e planeja prestar vestibular. Contudo, ele passa a se sentir pressionado por todos os lados, entra em crise e é diagnosticado com depressão. Ele tenta tirar sua vida, mas decide ligar para o Centro de Prevenção ao Suicídio. Ao ser internado em uma ala de psiquiatria para adultos de um hospital por uma semana, ele tem contato com pessoas que irão lhe marcar bastante e trazer lições importantes, inclusive em situações engraçadas. Lançado em 2007, o livro foi publicado no Brasil pela Editora LeYa. A obra também virou filme em 2010 sob o título de “Se Enlouquecer, Não Se Apaixone”.

7. Depois do Azul, de Élaine Turgeon

Geneviève tem 15 anos e é uma garota talentosa, com habilidades nas palavras, artes e nos esportes e vista como exemplo por todos. Certo dia, ela tira a própria vida na piscina de sua escola. Muito abalada, sua irmã gêmea, Lou-Anne, tenta seguir em frente junto ao pai, à mãe e a avó – que lidam com o fato cada um a sua maneira. A história de Geneviève é narrada pela perspectiva de diferentes personagens, com uma linguagem sensível e que traz reflexões sobre o luto, a morte, a depressão, mas também traz mensagens de amor e esperança. O livro, curto, foi inspirado na experiência pessoal da autora, que enfrentou a depressão em sua adolescência. Foi publicado em 2017 pela Editora Plataforma 21, em parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV).

8. O Último Adeus, de Cynthia Hand

Narrado em primeira pessoa, Lex é uma garota de 18 anos que sente sua vida ser duramente impactada pela perda do irmão mais novo, Tyler, que tirou a própria vida. Seguindo a orientação do seu terapeuta, ela passa a registrar em um diário a sua luta cotidiana para lidar com essa dor. Lex compartilha com o leitor os seus sentimentos retraídos e como tenta seguir em frente. A autora propõe uma mensagem reconfortante para pessoas que perderam entes queridos vítimas do suicídio, precisam lidar com a dor da perda e seguir em suas rotinas. Best-seller na lista do New York Times, o livro foi lançado em 2016 e, no Brasil, foi publicado pela Editora Darkside.

COMO IDENTIFICAR SINAIS DE COMPORTAMENTO SUICIDA?

como identificar sintomas de suicídio

Como vimos na lista de livros, o perfil de pessoas que podem cogitar o ato de tirar a própria vida é variável e passa longe do estereótipo de perfil que costuma pairar no senso comum. Além disso, há aquelas que são mais fechadas e não compartilham seus sentimentos. Contudo, especialistas indicam alguns sinais que podem ajudar a família e amigos de uma pessoa a identificar tendências suicidas:

Depressão: nem todo deprimido tende ao comportamento suicida, mas a doença em seu estágio severo pode ser a principal causa. Por isso, se o paciente demonstra zero interesse na vida e nos outros, é um sinal importante de alerta;
Pesquisas constantes sobre morte e formas de morrer: a pessoa começa a compartilhar excessivamente sobre o assunto nas mídias sociais, dando a entender que está pesquisando muito referente ao tema;
Distribuição de itens: repentinamente, começa a distribuir objetos de valor pessoal aos amigos e familiares ou fala em testamento;
Frases de alarme: a pessoa passa a dizer com frequência frases como “não aguento mais”, “eu queria sumir” e “eu quero morrer”, além de demonstrar que se sente um fardo para os outros;
Mudanças bruscas de comportamento: alguém super vaidoso passa a descuidar do visual ou deixa de praticar um hobby que sempre gostou, por exemplo;
Agressividade: a pessoa passa a reagir com agressividade e hostilidade com gente do seu convívio. Na adolescência, é comum que esse comportamento seja erroneamente confundido pela família com “coisa da idade”;
Alterações de sono e alimentação: dorme demais ou tem insônia e come
de forma descontrolada ou não se alimenta;
Uso de drogas: o uso de substâncias psicoativas, como o álcool, combinado ao transtorno de humor e doenças mentais podem ser uma bomba-relógio.
Melhora repentina: uma pessoa com depressão pode simular uma melhora repentina que, na verdade, disfarça o objetivo de tirar a própria vida. Pacientes que apresentam uma súbita alegria precisam receber o acompanhamento necessário.

O QUE FAZER SE ESTIVER COM PENSAMENTOS SUICIDAS OU INDENTIFICAR ALGUÉM QUE PODE COMETER SUICÍDIO?

Estudos já apontam que a pandemia do novo coronavírus tem impactado consideravelmente a saúde mental de muitas pessoas pelo mundo, conforme já abordamos nessa matéria, que conta com a participação da Professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Leila Tardivo.

Quando a situação chega a um patamar insustentável, é muito importante pedir ajuda às pessoas do seu convívio e procurar profissionais de saúde mental.

No caso de identificar outra pessoa com pensamentos suicidas, converse com ela e ouça o que tem a dizer, e não a deixe sozinha. Retire também o acesso dela às ferramentas potencialmente destrutivas, como armas, facas, remédios e substâncias tóxicas.

Segue abaixo alguns links úteis que podem te ajudar a buscar mais informações e atendimento:

Centro de Valorização da Vida (CVV) — Referência em apoio emocional e prevenção do suicídio, a organização atende de forma voluntária e gratuita todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone (188), e-mail e chat 24 horas.

Apoiar — criado em 2002, é um serviço do Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clínica Social na Universidade de São Paulo (USP), que faz atendimentos supervisionados especialmente a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por conta da pandemia, os interessados devem enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., e os contatos serão feitos pelas supervisoras.

Rede de Apoio Psicológico — Plataforma criada por cinco psicólogos, é destinada a ser um ouvido de conforto para pessoas que estão precisando de apoio emocional. O atendimento on-line é gratuito e, de acordo com a conversa, os profissionais podem encaminhar o paciente para tratamento.

Central de Atendimento à Mulher (180) — Infelizmente, com o isolamento social, tem aumentado o número de casos de violência contra a mulher. Caso precise de algum apoio nesse sentido, você pode entrar em contato neste número, buscar orientações e fazer denúncias.

E-Psi — Plataforma desenvolvida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), reúne uma lista de psicólogos cadastrados que fornecem atendimento on-line.

Independentemente se estamos vivendo em uma pandemia ou não, é essencial ter sensibilidade para questões voltadas à saúde mental e prevenir problemas que podem afetar a todos direta ou indiretamente. Por isso, faça a sua parte e contribua para um mundo com mais pessoas que valorizam o viver!

NOVIDADE DA GÊNIO CRIADOR EDITORA

livro Felicidade na prática por Lígia Oizumi

Conforme prometemos, sempre que possível, faremos indicações de livros da Gênio Criador Editora para te atualizar sobre novas publicações.

Sobre o tema “depressão”, temos o lançamento Felicidade na Prática, de Lígia Oizumi, que está disponível para aquisição na Loja Virtual da Gênio Criador Editora!

Na obra, Lígia conta sobre a sua trajetória e relata sua luta contra a depressão, além de tratar sobre os preconceitos que sofreu por conta da doença. A autora encontra novas formas de lidar com dificuldades pessoais, além engajar-se em projetos solidários por meio da arte dos tsurus — um tipo de origami, tradicional arte japonesa.

O livro traz lições importantes sobre resiliência e propõe novas formas de enxergar a vida e lidar com nossos os problemas, baseadas em filosofias e ensinamentos orientais com que a autora teve contato.

Além de ampliar nosso conhecimento e desenvolvimento, ler é uma atividade essencial para a nossa saúde mental. Conheça a nossa Loja e aumente seu repertório de leitura. Sua mente agradece!

Com informações de: Leialivro, Livros & Citações, PS: Amo Leitura, Cabana no Leitor, Galileu e CVV

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